Ministradas por Felícia de Castro
JANEIRO
VOZ, CORPO, CANÇÃO,
IMAGINÁRIO E CRIAÇÃO! (Módulo I*)
De 21 a 25 de janeiro de 2013, de 9h às 13h, no Ponto de Cultura Galpão do Riso - DF
Qual a relação da
voz com o imaginário? Qual a relação entre memória, voz e imaginação? Como
acessar a criação através dos trânsitos entre corpo, voz e emoção? Estas são
algumas das questões que fomentam o trabalho proposto.
A oficina Voz, Corpo, Canção, Imaginário e Criação!
tem como foco as relações e a indivisibilidade entre a voz e o corpo, a emoção,
o imaginário, e a criação. O trabalho desenvolvido pretende colaborar com a
descoberta de nossas vozes pessoais e de procedimentos criativos provocados
pela investigação vocal, através do compartilhamento de dinâmicas
físico/energéticas que promovem o acesso à consciência orgânica, o
desenvolvimento de caminhos musculares da voz, o despertar da presença cênica e
de potenciais de nossa sensibilidade. A meta é criar vias sensíveis de
materialização do imaginário.
Vagas: 15
Público: artistas cênicos e
interessados em investigações vocais acima de 18 anos.
Pré-requisito: disponibilidade física.
Pré-requisito: disponibilidade física.
Carga horária: 20 h
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FEVEREIRO/MARÇO
25 a 27 FEV
ATIVIDADES DE INTERCÂMBIO COM CULTURAS BRASILEIRAS: O PROJETO PALHAÇOS E CANÇÕES – EXPANDINDO CAPACIDADES CRIADORAS (FUNARTE) TEM O PRAZER DE RECEBER NO DISTRITO FEDERAL O REISADO DE CONGO DO CARIRI.
25 a 27 FEV
ATIVIDADES DE INTERCÂMBIO COM CULTURAS BRASILEIRAS: O PROJETO PALHAÇOS E CANÇÕES – EXPANDINDO CAPACIDADES CRIADORAS (FUNARTE) TEM O PRAZER DE RECEBER NO DISTRITO FEDERAL O REISADO DE CONGO DO CARIRI.
25 FEV
Aula aberta: MANIFESTAÇÕES POPULARES NORDESTINAS - REISADO DE CONGO
Mestres Antônio Ferreira Evangelista e Raimundo Ferreira Evangelista (Cariri – CE) / Fabiano de Cristo (CE) / Felícia de Castro (BA)
Hora: 13 h Local: Departamento de Artes Cênicas - UNB
25 a 27 FEV
Oficina: REISADO DE CONGO - CANTOS, DANÇAS, FIGURAS CÔMICAS E REDES SIMBÓLICAS
Mestres Antônio Ferreira Evangelista e Raimundo Ferreira Evangelista (Cariri – CE) / Fabiano de Cristo (CE) / Felícia de Castro (BA)
Hora: 19 – 22 h Local: Ponto de Cultura Galpão do Riso
O cortejo do Reisado representa um
batalhão de peregrinos guerreiros, transitando em cruzada na defesa do Menino
Jesus e da Nova Jerusalém dos
Nordestinos, como é chamado o Juazeiro do Padre Cícero. Um cortejo
messiânico em busca do Paraíso Perdido [...] Enquanto caminha, vive o mundo
invertido do cômico popular, a segunda vida do povo, que é também a vivência da
utopia, do desejo de uma sociedade de igualdade, liberdade e abundância, onde
homens e mulheres sejam Reis e Rainhas de suas próprias vidas. (Oswald Barroso)
Quando eu chego aqui nessa sede meu
coração pede pra eu vadiar, eu dou viva ao palhaço Mateus...
Meu primeiro contato com
a manifestação do Reisado de Congo do cariri cearense foi no Festival de Teatro
de Guaramiranga (CE). Resolvi sair de palhaça e enquanto improvisava pelas ruas
da pequena cidade, fui engolida por um batalhão colorido de música intensa. Em
poucos instantes estava dançando no centro do grupo, ciceroneada pelo palhaço
Mateus, que brincava comigo estalando seu chicote e dando gaitadas..Jamais
poderia imaginar que aquele contato com essa brincadeira se tornaria uma
experiência vertical que perduraria até os dias de hoje, e muito menos que eu
brincaria também. Fui arrebatada pela grandeza espetacular dessa festa e
durante um bom tempo me assaltava a sensação de poder abandonar todos os meus outros
fazeres cênicos, pois a manifestação contemplava tudo o que considerava
necessário no teatro: o canto, a dança, a luta, o palhaço, a religiosidade
ritualizada, e claro, a dramatização. Como diz o pesquisador Oswald Barroso, o Reisado é fonte de renovação do fazer
teatral porque é uma manifestação cênica na qual encontramos características do
teatro primordial.
É
com esse sentimento de gratidão e alegria que agora, oito anos depois desse
encontro, através do projeto Palhaços e Canções – Expandindo Capacidades
Criadoras (Funarte), trago para o Distrito Federal, os Mestres
Antônio Ferreira Evangelista e Raimundo Ferreira Evangelista, respectivamente mestre e palhaço Mateus do Reisado
Discípulos de Mestre Pedro, brincadeira tradicional do cariri cearense.
O intercâmbio acontecerá através da
aula aberta MANIFESTAÇÕES POPULARES
NORDESTINAS - REISADO DE CONGO, que acontecerá no dia 25 de fevereiro,
às 13 h, no Departamento de Artes Cênicas da UNB, em parceria com a Profª Drª
Luciana Hartmann, como atividade extra da disciplina Teatralidades Brasileiras.
O encontro com os mestres terá ainda a participação do multiartista cearense
Fabiano de Cristo (Fulô da Aurora) e será aprofundado a partir da oficina REISADO DE CONGO - CANTOS, DANÇAS, FIGURAS
CÔMICAS E REDES SIMBÓLICAS, realizada de 25 a 27 de fevereiro, no Ponto de
Cultura Galpão do Riso, em Samambaia-DF. Realizaremos ainda um cortejo onde
brincarão juntos os Mateus do reisado, os palhaços do grupo NUTRA, e a palhaça
Bafuda (Felícia de Castro), com a participação de músicos e participantes da
oficina. Estes acontecimentos de vivência de nossas maravilhosas e
brasileiríssimas culturas são únicos e especiais, assim esperamos que muitos
possam desfrutar desse encontro.
Oi bate marcha, toca o tambor, meu
coração é um guerreiro treme terra...
Sobre o REISADO DE CONGO
Esta festa está ligada às veredas da
formação da sociedade brasileira, às vias de encontros permeados de atritos
entre as sociedades ibero-árabes, africanas e ameríndias. O Reisado de Congo do
cariri cearense é um espetáculo grandioso estruturado pela temática dos reis. É uma manifestação cênica religiosa e
guerreira, permeada de brincadeira e comicidade. Há um grande número de canções
nas quais podemos vislumbrar a riqueza do imaginário desta tradição, e a dança
é marcada por grande variedade de passos e múltiplos ritmos como baião, xote,
valsa, marcha, e quilombo. A comicidade do brinquedo fica por conta das
performances do palhaço Mateus que durante todo o espetáculo, fazem suas comédias, dizem suas poesias, rezam
orações ao contrário, fazem paródias das canções,
mexem com as pessoas, e desenrolam danças exageradas e caretas muito vivas. De
cara pintada de preto por carvão, numa mistura de vaqueiro,
oficial do império, cangaceiro, e ex-escravo, é um estandarte do sertão,
estampando a história do Brasil, e arquétipos do mundo arcaico e medieval. O ponto alto e surpreendente da brincadeira é
uma luta de espadas enérgica e real. A festa desfila uma coleção de imaginários
que remonta antigos costumes e episódios europeus, batalhas de guerras santas
entre cristãos e mouros, lendas do Rei Artur da Távola Redonda e seus
Cavaleiros, o ciclo carolíngio, as Cruzadas, as lendárias histórias de Carlos
Magno e os Doze Pares de França, popularizada no Nordeste brasileiro através da
literatura de cordel, as batalhas nos antigos reinos do Congo e de Angola, o
episódio dos quilombos dos palmares, as façanhas dos cangaceiros, os feitos de Antonio
Conselheiro e a guerra de Canudos, assim como do Beato Zé Lourenço e a guerra
no Sitio do Caldeirão da Santa Cruz do Deserto.
Não percam essa festa!
Aguardamos a todos com muita alegria!
Felícia de Castro e Ponto
de Cultura Galpão do Riso.
De 28 de fevereiro a 03 de março de 2013, (28/02, 01/03 e 03/03 de 9h às 13h.
sábado dia 2/03, 9 às 13 h e 14 às 18 h), sempre
no Ponto de Cultura Galpão do Riso - DF
Qual a relação da voz com o imaginário? Qual a relação entre memória, voz e imaginação? Como acessar a criação através dos trânsitos entre corpo, voz e emoção? Estas são algumas das questões que fomentam o trabalho proposto.
A oficina Voz, Corpo, Canção, Imaginário e Criação! tem como foco as relações e a indivisibilidade entre a voz e o corpo, a emoção, o imaginário, e a criação. O trabalho desenvolvido pretende colaborar com a descoberta de nossas vozes pessoais e de procedimentos criativos provocados pela investigação vocal, através do compartilhamento de dinâmicas físico/energéticas que promovem o acesso à consciência orgânica, o desenvolvimento de caminhos musculares da voz , o despertar da presença cênica e de potenciais de nossa sensibilidade. A meta é criar vias sensíveis de materialização do imaginário.
Qual a relação da voz com o imaginário? Qual a relação entre memória, voz e imaginação? Como acessar a criação através dos trânsitos entre corpo, voz e emoção? Estas são algumas das questões que fomentam o trabalho proposto.
A oficina Voz, Corpo, Canção, Imaginário e Criação! tem como foco as relações e a indivisibilidade entre a voz e o corpo, a emoção, o imaginário, e a criação. O trabalho desenvolvido pretende colaborar com a descoberta de nossas vozes pessoais e de procedimentos criativos provocados pela investigação vocal, através do compartilhamento de dinâmicas físico/energéticas que promovem o acesso à consciência orgânica, o desenvolvimento de caminhos musculares da voz , o despertar da presença cênica e de potenciais de nossa sensibilidade. A meta é criar vias sensíveis de materialização do imaginário.
Neste segundo módulo da oficina, serão revisados alguns
elementos trabalhados no módulo I, e aprofundados sob o ponto de vista dos
poderes das canções.
Vagas: 15
Público: artistas cênicos e
interessados em investigações vocais acima de 18 anos.
Pré-requisito: disponibilidade física e disponibilidade de tempo.
Pré-requisito: disponibilidade física e disponibilidade de tempo.
Carga horária: 20 h
*Não há
necessidade de ter feito o módulo I para participar do módulo II da oficina
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ABRIL
PALHAÇAS, BEM
VINDAS SOIS VÓS – ESTUDO PRÁTICO DA COMICIDADE FEMININA
De 11 a 13 de
abril (11 e 12 de 9h – 13h, e dia 13, de 9 às13 h e 14 às 17 h), no Ponto de
Cultura Galpão do Riso.
“Os primeiros seres cômicos, na origem
da mitologia, eram mulheres.” Afirma Franca Rame que nos conta que a tragédia, em sua forma
arcaica, foi criada por mulheres, e num detalhe surpreendente, incluía na
origem um elemento cômico: “O rito eleusínio, forma primária do espetáculo
trágico, nasceu para celebrar um jogo bufo inventado por uma jovem, bastante
espirituosa, com o intuito de livrar Deméter do desespero. [...] Baubo – no
rito eleusínio, chamada de “a filha-da-terra” – despe-se e pinta no ventre dois
grandes olhos, um nariz e, pouco acima uma boca... [...] esconde o rosto e os
seios com raízes, simulando uma imensa cabeleira sobre o falso grande rosto.
Balança as ancas, estufa e retrai o ventre, improvisa uma dança de caráter
obsceno e canta versos picantes para a deusa. Deméter sorri... aliás, ri e
diverte-se. A “filha-da-terra” consegue livrar a mãe-terra da tristeza. É o
início do retorno da alegria e da vida na criação... no mundo dos homens.*
A presença feminina na
palhaçaria é uma tradição recente, mas que tem crescido com uma força
extraordinária e renovadora desta arte. Na sociedade moderna, quase sempre
vimos a comicidade sendo veiculada pelo gênero masculino. Histórias subterrâneas
como esta, atestam que o papel da mulher como provocadora de riso esteve e está
além do que vemos. O que estaria pulsando hoje em tantas mulheres atraídas pela
arte da palhaçaria? A comicidade feita por mulheres é diferente da comicidade
masculina? Que especificidades estão presentes no humor feminino? Há
um humor tipicamente feminino e encarnado por mulheres?
A oficina Palhaças, bem vindas
sois vós - Estudo Prático da Comicidade Feminina, é um espaço de
encontro e troca, para refletir e potencializar este fazer, estimular e
aperfeiçoar descobertas, pois uma das dificuldades no desenvolvimento desta
atuação específica é a escassez de referências, pela predominância do arquétipo
do palhaço atrelado ao masculino.
A arte da palhaçaria alcança uma esfera
que transcende o nariz vermelho, figurino e maquiagem, e toca o centro da
humanidade de cada um. É esta humanidade exposta e dilatada, leva ao
riso, à comoção, à transformação, à revolução. Sendo assim, tanto
quanto são os diferentes seres que existem, é a diversidade de estilos que
marcam a amplitude deste fazer. Se a matéria prima do palhaço é sua própria
humanidade, essas diferenças constituem potenciais para serem explorados e
lapidados. São, justamente, as particularidades de cada indivíduo que irão
delinear o seu fazer. A comicidade feita por mulheres deve ser refletida a
partir desta esfera essencial. A questão do sexo, mais que uma dificuldade,
pode ser vista como um desafio criativo para as mulheres que se questionam como
lidar/explorar/expor o corpo. Além dos temas universais que tocam a
espécie humana, as palhaças podem brincar com seus imaginários descobrindo sua
comicidade, colocando seu jeito de fazer, e construindo um saber
específico que as conduzirão a uma autonomia criativa.
A oficina tem um caráter vivencial e
será desenvolvido a partir de três pilares que vêm sendo aprofundado na
pesquisa pessoal da condutora do trabalho: sensibilização corpo-mente (semente
do desejo: a flor da pele e do querer), ativação do imaginário através do corpo/voz
(processos de encarnação), e geração de material criativo/criação de cenas
(dança da união ou princípio da fusão/tradução). O estudo abordará a comicidade
feminina e suas especificidades, a partir do estímulo de um caminho
pessoal e da independência criativa. É um espaço
para aprofundar e expandir o repertório de ações e reações, qualidades de
energia, e a imaginação de cada palhaça. Combinando elementos da técnica do
palhaço, do teatro físico, da pesquisa vocal, da dança Butoh e das
brincadeiras, cantos e danças brasileiras - campos de pesquisa da condutora do
trabalho -, os encontros enfocarão o aspecto Físico – Emocional,
buscando a organicidade, a dilatação da presença cênica e a fluência dos
impulsos, e o aspecto Criativo, envolvendo improvisação, geração de
material, e composição.
Vagas: 15
Público: mulheres artistas
cênicos acima de 18 anos e com vivência prévia em palhaçaria.
Pré-requisito: disponibilidade física, disponibilidade de tempo e vivência prévia em palhaçaria.
Pré-requisito: disponibilidade física, disponibilidade de tempo e vivência prévia em palhaçaria.
Carga horária: 16 h
Trecho de artigo de Felícia de Castro
originalmente publicado em Pã Revista de Arte e Cultura:
MAIO
CAMINHOS PARA GERAÇÃO DE MATERIAL CRIATIVO DO ATOR
01 A 05 de maio, de 13 às 18h, no Ponto de Cultura Galpão do Riso.
Somos seres criadores. Faz parte de nossa natureza criar, imaginar, sonhar, transformar, traduzir, expressar. Assim como faz parte da natureza dos artistas cênicos, essencialmente criadores, corporificar seu devaneio e sua inspiração. Ou seja, criar, através do seu corpo/voz. A oficina CAMINHOS PARA GERAÇÃO DE MATERIAL CRIATIVO DO ATOR é um espaço fértil de verticalização e compartilhamento de procedimentos criativos pesquisados pela artista Felícia de Castro (BA) relativos a dança do ator, a voz como caminho de criação, a palhaçaria e comicidade pessoal, às culturas brasileiras, e ao “transbordamento de humanidade” como via fundamental da expressão artística. O foco é compartilhar modos de trabalho com o corpo/voz de forma a gerar material criativo (ações físicas e vocais) e a desenvolver meios de manipulação deste material para compor cenas. Não são receitas, são sugestões e orientações para que cada participante, com sua unicidade e história de vida, encontre seus modos de fazer. Prima-se pelo desenvolvimento da autonomia artística e criativa e pelo infinito que brota das diferenças.
Outras informações em
JÁ FIZ MINHA INSCRIÇÃO, AGORA ESTOU NA TORCIDA PARA SER SELECIONADA.QUERO MUITO PARTICIPAR.
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